segunda-feira, 26 de março de 2007

"tupinambas"

as pessoas continuam
eterno ir e vir das ruas
cachorro latindo
lapalotadalapalotada esturdindo

bairro alto
madri
demonio do asfalto
por agora,
nao mais a te seguir

tenho que ver meu amigo,
na suecia...
te amo irmao
voce mora no coracao

a tribo
tupinamba
vermelho
& preto

demonio loiro do asfalto...
bracadas no mar descalco.

mesmo que os outros nao entendam,
irmaos!
um dia olhei nos olhos do teu irmao,
chorei

agora sentado numa calcada
lembro de voces
irmaos, amigos
os amo de vez!

sexta-feira, 16 de março de 2007

"O Cajueiro"

Agradeço por você ter compartilhado seus filmes comigo, antes de voar
poraí...
De qualquer forma, já vi O Cajueiro, já vi Ela Calada Diz Mais Que
Minhas Palavras (acho que é isso...) e, já que é uma triologia, QUERO
ver o terceiro! Cê tá mandando bem!
A força das coisas quando elas têm que acontecer somada `a força da
pessoa! Show, irmãozinho... O Nobru me falou que vai te mandar o tal
som de guitarra.
Beijo grandão!
joy

"O Cajueiro"

Paulinho, ja te vi de o viandante.
ta bem de produca, mano.
bom te ver, bom saber do que ta rolando.
tou por aqui num projeto lindo com as ervas, mas so vai desenrolar mais pra frente.
te dou noticias e daqui vou botando fe no teu trabalho.
beijo, Gabi.

"O Cajueiro"

Amigos,
Eis "O Cajueiro", o primeiro de uma trilogia de filmes do nosso crazypeoplebrother Paulinho Duarte. =C9 um trabalho instigante e surpreendente do poetapsicocambraleonico, que esta em Londres estudando(?) cinema. e so clicar e curtir:
http://www.youtube.com/watch?v=3D1TwhHNeCX-o
Abrasom
E7

"O Cajueiro" - Rio de Janeiro, Dezembro 2006.

MUITO LEGAL, PAULO. O POEMA, O JOGO DE SOMBRAS, A INTERPRETAÇÃO, MUITO BOA. EXEMPLO DE COMO SE PODE FAZER UM CINEMA DE POUCOS RECURSOS TÉCNICOS E FICAR TUDO BEM INTERESSANTE E AGRADÁVEL DE VER.

ABRAÇÃO,

MANO M

quarta-feira, 14 de março de 2007

"shot dead"

vela na boca
luz
iluminacao
canal

travessia noturna
torno ao barco de madeira
luz da lua

...a noite inteira

vinho
frio
pele

corpo inteiro, nu, depilado
cheiro forte
gozo
great-imbalo

musica composta
mesa posta
solidao

underground
way out
personal killer

nomes
numeros
pessoas de negro
teto preto
tempo cinza

sol
frio
amarelo eterno...

terça-feira, 13 de março de 2007

Londres I

cidade diferente,
pessoas atraentes.
aki os normais sao os loucos dai... os loucos sao et's abdusidos, severamente modificados... uns que nem consigo olhar de tanto piercing, deformacao das faces, dos membros... me deformo pralem, transmuto a forma, minha caretisse em compreensao de mim mesmo... descascando novamente, sou intermediario. um berro de nariz, falta de pontuacao, aos poucos vou deixando o velho portugues, encontrando-o novamente resignificado.


o que dizer, nao tenho vocabulario, cidade contraditoria.... semana que vem o bob dylan vai tocar, da vontade de chorar, aquele maluco que eu escutava no quarto sozinho... hoje tenho sua compania... noutra semana the who, ou o white stripers, sera que e assim que c escreve? nao sei escrever direito... nao tenho vocabulario.
entrei numa loja de camelo e estava tocando queen, depois stones, depois uma banda que nunca ouvi mas parecia tao familiar...

ando cantando pontos de umbanda pra mim mesmo, seu tupinamba e compania ilimitada... lembro a vera dos cantos do norte, lindos na essencia, horriveis na pratica catolica dos corpus mortos presos a ilusao de ferlicidade comprada por uma farda e mais umas porpourinas... mestre salustiano e sambas, sambas... sambas daquele tempo da antiga vitrola do chacal, quando ele voltou pro rio vindo daqui mesmo... em 79. mamae quem comprou a vitrola, ele precisava de uma grana... na verdade meu pai pagou mas quem ouviu era eu e ela... meu pai gostava mais dos sambas... eu e mamae ouviamos muito, quando eu era bem pequeno... quando so estavamos nos em casa, quando meu irmao e meu pai estavam no treino, nessa epoca eu treinava em horario diferente do meu irmao... tinha, na vitrola automatica, sambas enredo da decada de 70 e comecinho da decada de 80 das escolas do rio... me lembro de um disco do joao gilberto stane getz, sera q e assim q se escreve o nome do gringo? disco gravado aqui onde estou,,, engracado, antes de vir pra ca conheci o henrique III, numa apresentacao do marcelo, nessa noite eu estava tambem com a baixinha, o nilo e outras pessoas queridas, la na lapa lotada, noite de sorte!! na vitrola tambem tinha caetano, elis, chico, roberto carlos, moraes moreira, simon e seu parceiro e muito mais... lembrancas que sao vivas agora! mais do que sempre...

doido estar nesse lugar.

se voce comprar uma casa, depois de 70 ou 80 anos ela volta a ser da rainha, ou do conde dono do bairro... estou num feudo, altamente vigiado, sinistro, doidaraco... livros infinitos por 10 reais, uma simpatia fria, uma seriedade imbativel, leis, ordem e desorde... trabalho de dia, pub e birita a noite... so de 1/2 em 1/2 litro por vez... as 11 tudo fecha e tudo vai pra rua, alucinado! os exu na compania dos desalmados, donos de todas encruzilhadas... aki fico na minha, observando, tudo e muito mais, tudo e muito menos, extremos... quando chega esse ponto, observo... antes ou depois da zero hora fico na minha, falo apenas o preciso, aprendi na migracao... calado e quieto, as vezes, ganho mais.

ja que nao escrevo poesia, nao escrevo conto, nao escrevo nada quando escrevo esta errado, aprendi com outro paulo poeta... o erro, a vez... posso escrever o que quiser, seis... nao sou mesmo quase nada, apenas sinto e faco.

muito gringo pra todo lado, paulistas, indianos... brasileiro nao vejo, apenas ouco. sou confundido com paulista, prercisei me transfigurar para passar na migracao... todo personagem fica impresso na alma do ator, do autor... pedaco, grao, eterna lembranca. em lisboa sou negro, ainda bem! pensei que teria que esperar a proxima encarnacao para ser o que quero ser agora... sou negro agora, de alma e coracao! em londres paulista, no rio anarquista, em todo lugar banhista. me banho no mar do inesperado, sou levado... lavado. pela correnteza, deixo-me ir, esquivo-me das pedras, aproveito as quedas e o fluxo, meu corpo relaxado vaaaaaaaaaaaaaaaai, as vezes me arranho, estou aprendendo a seguir caminho e nao parar nos atalhos, redemoinhos... onde a sujeira se acumula.
vejo as margens, sigo agora caminho do meio... refaco andares, reconstruo verdades, demulo absurdo que me faz mal... paredes e divisorias, vou compartimentando e entendendo melhor sonhos... e importante lembrar.

saudades da mamae, saudades da baixinha, da familia... aki com karola vou fazendo minha linha, trilha, delineada pelas sementes...

estou apenas nos comecos, sinto aquele gosto amargo na boca do comeco do treino, estou no meio de outro aquecimento, sei o que me espera, sigo concentrado, barulho pra todo lado, muleque mimado ao meu lado falando alto pra caralho, eu quieto falando rezas baixinhas... mandingas minhas.

entro em outro vagao, vagao novo, vazio, a espera das bagagens novas, materias que serao transportados, transmutados em novas materias primas... para confeccionar outros terrenos, treinos, novos comecos... ja nao passo com muita frequencia em certos vagoes, outros nunca mais voltei, apenas os mantenho engatilhados no trem, outros ja deixo em outra linha, preciso aliviar peso para ir mais longe. quanto mais longe, mais perto, quanto mais me afasto, mais proximo fico, quanto maior a distancia, mais sinto cheiro da floresta... corredores do parque, cheiro de tinta, cheiro da serigrafia, da cerigrafia... da grafia errada no certo tempo do significado, e nao ler o livro pela capa... das vozes das pessoas falando em eco, daquela arquitetura linda... da banheira de marmore da senhora no banhiro, cheia de agua das matas, da piscina funda, nativa... minha psicina vira mar, meu treino, aprender a amar...

agora em outra escola de artes, sou minha casa, limpo e faxino, pois se nao o fizer, depois terei mais trabalho... essa casa e a casa onde so eu posso arrumar de forma adequada... quando deixo pros outros, sempre perco, perco tempo, perco coisas, perco vida... sempre derramava leite na toalha da sala no lanche, antes dos treinos. agora lavo louca, varro chao, limpo talheres e vidros para a luz ficar mais parecida com a ideia de luz... respiro ar contaminado, sei disso, quero voltar pra casa, mas agora nao da tempo, depois eu penso...

os loucos aqui sao os normais ai, os loucos aqui sao ET's no universo da minha ignorancia, sou abdusido. olhos nos olhos da velha, vovo e seu pito... olhos profundos, mar, escuro que reluz o claro na veia do poeta morto.

sábado, 10 de março de 2007

"tratamento I"

agora sismo em escrever
algo que não sei o que
talvez pros outros vê,
talvez pra tratar de mim...

procuro escritos recentes
busco algo em mim
palco italiano
cordão umbilical

e-mails chatos
mensagens cheias de sacanagem
letras mastigadas, virtuais
páginas antigas

luz artificial
comida envenenada
associação de idéais
nada é normal

procuro algo pra escrever
procuro outrolado do muro
dentro de mim
admito obscuro

me aprofundo
vou além
caminho mostra o caminho
é melhor apenas continuar...

"florbela now"

hoje conheci florbela espanca em carne e osso... voltando da cova da moura e da rebolera, voltando das filmagens, andando vagarinho, pelas calçadas lisboetas, pintando com a câmera um flautista medieval andarílho, registrando no documentário ficcional um tocador de garrafa de tampinhas e violão quebrado ao meio... aos pés de mais outra igreja católica medieval... observo olhos atentos a respiros suspicazes... continuei, aqui as lisboetas são difíceis, aínda mais depois da zero hora, mas faltava aínda 1 hora pra isso... não ia falar nada, o brilho em seus olhos me ofuscava, como a vela na boca do mensageiro que pelo vento leva as mensagens em qualquer canto, em qualquer tempo...
amigas caboverdienses nascidas em portugal, outra amiga cabeça... eu dinosauro. aquela velha pergunta ridícula: "você não quer dar um depoimento", mas nesse momento era algo tão sutil, eu morto de cançasso, filmando des das 12hs de hoje... muito som alto, muito papo forte, muita energia do gueto... da senzala, da favela, eu esgotado... ela disse que me viu filmando o flautista, pelo menos ela sabia que não era mentira...
fomos andando e conversando, falando um pouco do que estou aprendendo... pessoas que são tão pra dentro, pessoas da minha cidade são tão pra fora... pessoas daqui falam de tudo em casa mas na rua se calam, devido ao que os outros vão dizer, tipo no tempo da minha vó em 1800... como no rio todo mundo se toca, fala alto, chega, se abraça, se ama na primeira noite... aqui tudo diferente, eu querendo dizer pra ela algo que só os olhos podiam, toques, poesias, palavras... relativamente proibidas.
mas talvez o dentro abrigue cavernas, labirintos impenetráveis, difíceis, segredos... talvez o pra fora se perca na vastidão da beleza das montanhas de xangô, das matas da jurema, do mar de ogum e yemanjá... que são profundos, mas as pessoas da minha cidade tem mania de ficar na beira da praia, na beira das matas, na beira de si mesmos... andamos, apenas... eu as morangostas... na realidade ela não é aquela florbela depressiva, mas sua reencarnação mais doida, exremamente viva! em todas as loucuras de seu corpo, seu mimetismo curvilíneo, no máximo da sua caretisse, palavra que conhece das novelas brasileiras que dominam a mediocridade televisiva alé mar...
mais uma volta, torcia para não encontrar os nazistas que as vezes ficam me olhando de longe e comentando... aki a paranóia é vera! tudo correu corrente.
descemos, falamos coisas que não lembro, tudo num terral animal, calmo, astral... peguei seus e-mails, elas o meu... mais um vento venta, pois vento que venta lá, venta cá... nos fomos, com um gosto de quero muito mais, com gosto gostoso de até depois amor, com o sabor da calma, do tempo certo, sem apego... como queria reencontrar florbela... comprei um livro seu original hoje de manhã numa feira... esgotado! cada qual com seu cada qual, cada qual pro seu lado... olhei no relógio 1 minuto depois de estar sozinho de novo, e era zero hora exata!

sexta-feira, 9 de março de 2007

"eu e espanca II"

e se um dia hei de virar pó, cinza e nada
que seja a minha noite uma alvorada
que saiba perder... pra me encontrar

minha alma é como a pedra funerária
erguida na montanha solitária
interrogando a vibração dos céus!

se as minhas mãos em garra se cravaram
sobre um amor em sangue e palpitar
quantas panteras bárbaras mataram
só pelo raro gosto de matar!

aqui me vou a navegar
mergulhado azul yemanjá
vôo até água respirar

volto, psico-pompo
maldito dito
quando a música acaba.

quinta-feira, 8 de março de 2007

"perto de pessoa"

sentado perto de pessoa
mármore gelado
já depois da zero hora
sob efeito
da droga mais pesada

eu

escrevo algo mais ou menos...
o fato é que sou sozinho mesmo
tenho algum dinheiro, por enquanto
algumas promessas de ganhar mais, feitas por mim mesmo...

o som estridente de uma histérica chamando o táxi desconcentrando minha histeriazinha
mais algo que me fugiu a mente agora...

agora uma espanhola histérica passando, falando alto a vera
eu sonhando com minha dama
mas isso não pode ser dito
a galera do cep vaia, não aplaude no final,
diz que é careta
foda-se, a pesar de ser bom os aplausos, as vezes...

vou voltar a fazer poemas trágicos, malditos, demoníacos...
mas o que faço não são poemas...
então? vou deixar isso pra depois e apenas gozar...

contínuo continuo o caminhar...

quarta-feira, 7 de março de 2007

"serpente orgástica"

entre meios
dentre veios
entre encruzilhadas nunca dantes navegadas

sou eu

entremeado
multifacetado
obnubilado

pelo som
da flauta,
da lua...
da serpente orgástica.

segunda-feira, 5 de março de 2007

" o livro"

olho moedas na bolsa
umas de 1 euro
outras de cents

escolho material
observo metais
sem menos, sem mais

penso por um milessegundo
algo que me foge agora,
algo entre o sono e o sonho

mas sei voltar a página lida
mergulhar fundo na ferida, vida
não me perco a página,

o livro...

marcas inevitáveis!

arreganhado
exposto
escancarado

apenas pra quem quer ler entrelinhas
apenas pra quem o trata como entidade,
perpassando a galopes nossas matérias.

"Cristina de Pizán - 1364-1430"

"así, me deshacía en lamentacione hacia dios, afligida por la triteza y llegando èn mi loucura a sentirme desesperada porque él me hubiera hecho nacer dentro de un cuerpo de mujer".


"... filósofos, poetas, moralistas, todos - y lalista seria demasiado larga - parecem hablar con la misma voz para llegar a la conclusión de que la mujer, mala por esencia y naturaleza, siempre se inclina hacia el vicio".

-"! Ay señor! ?cómo puede ser, cómo creer sin caer en el error de que tu sabiduría infinita y tu perfecta bondad hayan podido crear algo que no sabe bueno? acaso no has creado a la mujer deliberadamente, dándole todas las cualidades que se te antojaban? ?como íba a ser posible que te equivocaras?..."

Cristina de Pizán 1364-1430
(primeira literatura feminista)

"lisboa no meu mais ínitimo cotidiano"

na solidão fria do inverno lisboeta
tudo mais dentro...
nos butecos, flor bela espancando
levo-a pra cama

no lar
luz amarelada
sala esquentada
pelo aquecedor elétrico

volto andando pelas ruas estreitas
das pedras escorregadias
curvas erradas, ambiente medieval,
eterna madrugada vadia

passo pelas vielas
com diferentes sensações a cada manhã

hora desesperado, hora cantando, hora bolado
hora chorando, hora pensando em ser vivo por dentro
hora buscando a luz no caminho ladrilhado

"pg 53"

sou velha e triste ao entardecer
um riso são andou na minha boca
gritando que me acudam em voz rouca

náufraga da vida
ao menos não estou em casa
pro marido
lavando louça

tenho a pior velhice, a que é mais triste
aquela onde nem sequer existe
lembranças de ter sido nova
lembranças de ter sido livre

"patologia mental"

patologia mental
doença moderna do capital
inquisição do ser


patologia mental
doença moderna do capital
obnubilação do ser


patologia mental
doença moderna do capital
esquizofrenização do ser


patologia mental
doença moderna do capital
abdução!

"as torres dos poetas mortos"

subi alto, à minha frente torre esguia
feita de fumo, névoas e luar
e pus-me, comovida, a conversar
com os poetas mortos, todo dia

contei-lhes os meus sonhos, a alegria
dos versos que são meus, do meu sonhar
e todos os poetas ficaram a choram

responderam-me então: que fantasia
não desisti, tornei sempre ao alto da torre dos poetas mortos
com eles me confessei noites e dias
as vezes sozinha a falar, falando o que queria...

não ligo nem mais pra rima
& nem pra poesia

"eu e florbela espanca"

eu sou a que no mundo anda perdida
eu sou a que na vida não tem norte
sou a irmã do sonho
prima da morte

sombra de névoa ténue e esvaecida
destino amargo, triste e forte
impede brutalmente para a vida
alma de luto sempre incompreendida, na ponta da lança de jorge

sou aquela que passa e ninguém vê
sou a que chamam triste sem o ser
sou a que chora sem saber porque
eu em vc em mim até vc entender

sou talvez a visão que alguém sonhou
alguém que veio ao mundo pra me ver
e que na vida nunca me encontrou
e que a vida interira sonhei ter.

"anjo negro moçambicano"

aki brazuka é tido como filho da puta / a nao ser q ande entre hoteis erestaurantes com notas e cartões... ou bons portugueses ao lado, a nao serq seja brazuka europeu. alguém importante q sai nos jornais, artista das colunas sociais... do tipo daquele q nao conhece a boca ao lado, a boca do mato. nas ruas depende do olhar, é fácil vc achar um nazista bêbado q por pouconao vai te juntar, te jantar, tipo inquisição, dizendo q vai dar um tirona tua cabeça e os caralho, muitos andam fardados, profissionalizados, institucionalizados e ganham bem, do estado... somos medievais a vera, quase idade da pedra. idade merdia vai rolar por uns tempos, pelo menos depois da zero hora. o q eu fiz? eu sou... soul quem nunca fui! só sei q odeio raça pura, adoro mistura, adoro mistura. logo chamei meus amigos moçambicanos, q moram perto de sintra... aki são as quebradas sinistras. antes eu tava sozinho e tive q me esquivar, mas o sangue fervia na cabeça, estava a queimar, me fazendo seguir o nazi pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá... tipo pêndulo do relógio antigo, me lembrando do ralph e da rapaziada presentes no espiritual, espiritual, espiritual... agora queimo minha matéria, transformo a escuridao a minha volta / sombra macabra européia de séculos sangrentos, heranças impressas nessas arquiteturas de corpus e pedras...
achei meus amigos q fazem poesia musicada pelas ruas... logo me acolheram, me levaram... no sorriso, na curiosidade da minha terra, no respeito, a fácilsintoniafina, difícil de explicar. agora na minha matilha, andava pelas ruelas do bairro alto, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. fui ao nazi e ele foi jogado ao chão, so nao o mataram pq um amigomoçambicano o conhecia... foi aliviado por um anjo negro alado...segui a rima, a poesia musicada de assalto... soco na cara de outro nazidesgraçado... garrafada, risos, enfim estou na minha madruga... nem ccompara as das nossas quebradas... mas deu pra sentir o sangue e mel poralguns segundos na boca, lembrar do rio, cidade de papel, doce como mel, so entendida por quem conhece seus rios, lagoas, ilhas, esgotos e os velhosbarbudos... no fim o poeta mais enraizado, bandido sinistro das palavras aliviou alguem ajoelhado, sendo espancado... ninguem é certo, ninguém é errado.