terça-feira, 26 de abril de 2011

FLORBELA ESPANCA


"TORRE DE NEVOA"
(Poetas mortos)

Subi ao alto, a minha Torre esguia,
Feita de fumo, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo o dia.

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que sao meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me entao - Que fantasia,

Crianca doida e crente! Nos tambem
Tivemos ilusoes, como ninguem,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!...

Calaram-se os poetas, tristemente...
E eh desde entao que eu choro amargamente
Na minha Torre esquiga junto ao ceu!...








sábado, 23 de abril de 2011

23 de Abril de 2009, dia em q emergi.



Diabo – A sua associação de idéias é o meu jogo, os números naturais o osso, o volume, o morto(torto), muitos dos conteúdos profundos estão trancados aqui no calabouço.
(eu) Paulo Duarte – Agora o sol está no alto, na Jerusalém antiga, aquele barbudo passou por debaixo do arco, andei pelo deserto amarelo, nadei no mar vermelho, no monte do começo, vou encontrando eu-mesmo.

Cap. 04 fim (final)
Nascimento, parto, porta, porto... A tortura do corpo denuncia o processo da alma. Um cigarro um trago, agora sem muita paciência, é hora de ser calmo. Duas laranjas sob a mesa, um fogão improvisado e alguns livros roubados. A ignorância denuncia a covardia, realizar a retomada da antiga Guanabara dos Tupinambás é necessário. A falta de significado mata outro ídolo descartável, as formas preenchidas por matéria confusa se alteram na dança da caçamba. No fim, a sensação é a mesma, o escuro estronda e oprime! Os peixes me acompanham, a sobriedade é o reencontrar, o relembrar inconfundível da vida, sonho arcaico. As pessoas continuam com seus tesouros submersos, a escola da morte se propaga em linha reta, a sociedade não tão atraente agora, ejacula gozo pra todo lado, o Anjo Negro continua aqui. A paciência diminui ao extremo, lembro, reconheço parcialmente meu terreiro, cabeça feita, banho de cachoeira.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Serie - Agua

No comeco eh tudo agua silenciosa, com os seres escondidos nela... depois emergi sob o final, buraco, entre a luz e a escuridao existo. Agora o sol sobe, as paredes alaranjadas me ensinam sobre aquilo q esqueci, acidente fortuito, agua, chegada.













Descobrimento do Brasil??



Talvez o mais perverso conteudo programatico das instituicoes da morte, ou escolas brasileiras, salve 0,1%, eh a parte q trata da "descoberta do Brasil". 


Obviamente q os construtos teoricos q estruturam o programa pedagogico dessas instituicoes sao um cardapio de uma pizzaria carioca, faltando ainda muito para ser uma pizzaria paulistana.


O Estado brasileiro possui um programe educacional falido, incapaz de proporcionar as necessidades existenciais do cidadao.


Em 1491, foi avistada e documentada pelos cronistas, naos na costa carioca, assim como na Bahia e em outros estados brasileiros. 


O Brasil "Ze carioca", eh uma invencao europeia, ateh hoje acreditamos e nos comportamos como sociedade-colonia de exploracao, a pesar de a partir de 2003, com o governo Lula, outras portas terem comecado a serem abertas.


Entre 1500 e 1576, qnd os ultimos Tupinambas provindos da Guanabara foram exterminados em Cabo Frio, mais de 3 milhoes  migraram para a ilha de Tupinambarana, hoje estado do Para. 


Mais de 70 milhoes de nativos, segundo Strauss, foram assassinados entre 1500 e 1576. Sinceramente nao entendo o motivo dos festejos, deveriam ser realizadas missas em memoria das centenas de milhares de pessoas chacinadas cruelmente nessa data, A MAIOR CHACINA DA HISTORIA DA HUMANINDADE! ainda velada...


Entre1500 e 1576, os europeus q vinham para o Brasil, eram prisioneiros, desertores do exercito, pessoas internadas em manicomios, doentes leprosos, sifiliticos, povo de rua, mercenarios e aventureiros, os quais estupraram as brasileiras, dando origem a nova geracao de brasileiros. A palavra Brasil eh difundida poraqui a mais de 5 mil anos, q vem dos "Brasis", populacao originaria do Brasil a milhares de anos.


O brasileiro mais antigo data de 105 mil anos A.C., encontrado na Lagoa Santa, sul do Brasil. Existem desenhos pictoricos de 10 mil anos em muitas cavernas brasileiras...


Os Brasileiros existem a mais de 100 mil anos, nao entendo essa propaganda moderna pela exaltacao da violencia, apologia a chacina, politica de dominacao, escravidao e tudo mais de horrivel e preverso q habita o universo humano, quando eh afirmado q o Brasil foi descoberto, e pior, em 1500 D.C. (...)


Salve a memoria dos Tupinambas da Guanabara! Cunhanbebe, Grajauna, Guajupia e q seja apagado da memoria e da historia brasileira, como heroi, o traidor Arariboia, o qual se juntou ao exercito Portugues, traindo seu povo, sua cultura, sua familia, assassinando seu pares em prol de uma administracao imperialista.



Paulo Duarte Guimaraes.
Rio de Janeiro, 22 de Abril de 2011. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

'Um inferno sem lazer' de Paulo Duarte & Nilson Primitivo

Sacro-semana

Sacro è un termine storico religiosofenomenologico religioso e antropologico che indica una categoria di attributi e realtà che si aggiungono o significano ulteriormente il reale ordinariamente percepito e indicato come profano.


A profana semana estah ai... ela é uma tradição religiosa que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Jesus Cristo eh o maior 'garoto propaganda' de todos os tempos, a 2 mil anos nao perde seu posto na maior e mais bem sucedida empresa de todos os tempos, a igreja Catolica Apostolica Romana, a qual... nem precisamos citar... 


O mundo vive invertido, os illuminates estao no poder relativo... as massas mortas sobrevivem o pao q o diabo vomitou... ha sim, esqueci, nao pode, eh feio falar de tragedia, a realidade no universo da loucura eh severamente dopada, prostituida, numerada, encarcerada, severamente rejeitada no mundo da escuridao absoluta... 


Pulso, 
rumo a luz 
do outro lado, 
casinha branca, 
paredes antigas, 
telhas de barro...















domingo, 17 de abril de 2011

Soneto

Soneto do amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...










segunda-feira, 4 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

travessia






Bracada a bracada oceano se agiganta, terra redonda, silencio & fundo do mar, tudo em sincronia com as correntes dos altos ventos, nesse intermedio voam mensageiros.


O tambor do meu coracao bate minha direcao, seres medonhos das profundezas me devoram, Jonas a cima, Flor Bela na torre,  em baixo ser rastejante, cardumes, medusas, sereias, arraias sapatas, cavalos & amarras.


Texto vozificado ressonado, levanto cabeca, respiro, vejo dois irmaos, as ilhas a frente, distante cidade decadente... aqui solidao, soh, eu & o vazio... vazio eu me devora! 


Imensidao azul, nela vivo, existo & me movo,
Agora tudo de novo, 
ciclo, rotacao e translacao... 
enquanto isso brincando escondida, nossa linda menina rainha.


Me puxa, tudo ondula, mareh vazante & cheia, vento rodado, robalos, robalos & robalos. No terral da madruga, brisa noturna do mar, em mar alto... 
                                                                       mar, mar & mais mar.


Atras da redonda encontro o menino, texto comeca fazer sentido, rio... Desco paredao, chego na pedreira, lua cheia, aquela do fundo do mar, entro & me deito, escuto, escuto & escuto o mar inteiro.


Oniricas criancas brincam nos jardins dos confins, arvores gerando vida, possibilidades a perigo, impossivel, depois me ir, estou, sou. Os canicos periculosos tentam me cuspir, agora me ir, o diabolico ser das encruzilhadas reza por minha volta, me escolta, em pensamento, pq lah dentro soh os filhos do mosteiro.


A  profunda viagem noturna, canoa, remada na crista da onda... passei arrebentacao, 


                                                                                  agora, calmaria.

Geracao Wagner Moura

ontem vi o Wagner Moura falando merda na tv. 


Dizia q prefere superproducoes e filmes q sejam 


populares e hermeticos... Pq ele nao vai morar em 


Hollywood? 


O q o Tropa do Estado tem de hermetico, ou o VIPs? 


Essa eh a mentalidade dessa geracao de atores e 


diretores?? Nasceu falida,  vendida e prostituida, 


nada de novo.




Rouanet eh uma farsa, feita pros bancos 


acumularem, a geracao de atores e diretores nem se 


fala! 




retomada do cinema Brazileiro eh a retomada 


dos bancos e dos Lobs medicamentosos, familia 


barreto e Cia. 






Ainda tenho Pasargada...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lei Rouanet, a lei dos bancos, com os bancos, para os bancos.



A Lei Rouanet inaugura uma nova modalidade: a das leis que “pegam” e fracassam. “Ela não fracassou por falta de adesão, mas por excesso de adesão interesseira, contemplando apenas a perspectiva dos ganhos econômico-financeiros que promete”. Um bom exemplo disso é fato – “quase a metade do investimento inicial de R$ 11 milhões da produção inglesa, o Fantasma da Ópera”, que veio ao Brasil (versão em português), possibilitado através da Lei Rouanet, trocando em miúdos: verba pública beneficiando interesses de empresas estrangeiras. O conceituado maestro John Neschling quando da dificuldade em conseguir investidores para ópera O Anel, de Wagner, declarou: “A Lei Rouanet é ridícula, uma perversidade. Essa lei existe para que Itaú, Bradesco e Banco do Brasil possam investir neles mesmos, fazer seus centros culturais e pagar seus ascensoristas”. Mas, tanto os generosos benefícios fiscais como os débeis investimentos no apoio a pequenos projetos, torna seus usuários fregueses, presos a um esquema que de cara, descaracteriza o conceito do que chamamos de incentivo.



Como justificar que Lei (federal) patrocina centros culturais de bancos, estatais, prefeituras, estados e o próprio governo federal?



As migalhas, então, são disputadas a “ferro e fogo” entre pequenos projetos (independentes ou comunitários), submetidos a editais, aparentemente democráticos, produtores culturais dos confins do Brasil possibilitadas por atravessadores, lobistas e, quando contempladas, o que resta do incentivo cultural depois do saque em comissões e impostos (que volta para o governo – aquele que diz incentivar a cultura) mal cobre as despesas básicas de seus projetos e pior, sem possibilidade de sustentação. Como entender a permanência de uma Lei, sob a tutela do Ministério da Cultura, tão insensata e danosa. É necessário compreender também seus méritos. Os incentivos fiscais para o setor cultural injetam no país milhões ao ano, somadas as legislações federais, estaduais e municipais, descontada a parte que escorre pelo ralo, das deduções e intermediações, chega o dinheiro na ponta do mercado. Criticá-la, sim, como fiz de forma ferrenha no programa cultural que o PT que apresentou para o governo de Lula, mas derrubá-la não, pois implicaria confrontar a cultura com outras áreas de interesse já que do mesmo couro saem todas as correias.