domingo, 3 de abril de 2011

travessia






Bracada a bracada oceano se agiganta, terra redonda, silencio & fundo do mar, tudo em sincronia com as correntes dos altos ventos, nesse intermedio voam mensageiros.


O tambor do meu coracao bate minha direcao, seres medonhos das profundezas me devoram, Jonas a cima, Flor Bela na torre,  em baixo ser rastejante, cardumes, medusas, sereias, arraias sapatas, cavalos & amarras.


Texto vozificado ressonado, levanto cabeca, respiro, vejo dois irmaos, as ilhas a frente, distante cidade decadente... aqui solidao, soh, eu & o vazio... vazio eu me devora! 


Imensidao azul, nela vivo, existo & me movo,
Agora tudo de novo, 
ciclo, rotacao e translacao... 
enquanto isso brincando escondida, nossa linda menina rainha.


Me puxa, tudo ondula, mareh vazante & cheia, vento rodado, robalos, robalos & robalos. No terral da madruga, brisa noturna do mar, em mar alto... 
                                                                       mar, mar & mais mar.


Atras da redonda encontro o menino, texto comeca fazer sentido, rio... Desco paredao, chego na pedreira, lua cheia, aquela do fundo do mar, entro & me deito, escuto, escuto & escuto o mar inteiro.


Oniricas criancas brincam nos jardins dos confins, arvores gerando vida, possibilidades a perigo, impossivel, depois me ir, estou, sou. Os canicos periculosos tentam me cuspir, agora me ir, o diabolico ser das encruzilhadas reza por minha volta, me escolta, em pensamento, pq lah dentro soh os filhos do mosteiro.


A  profunda viagem noturna, canoa, remada na crista da onda... passei arrebentacao, 


                                                                                  agora, calmaria.

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